4 Dicas de Como Começar a Investir em Renda Variável

Investir em renda variável foi a melhor decisão que tomei para minha vida financeira, mas como começar a investir em renda variável? Investir pode ser um caminho promissor para construir riqueza e alcançar a independência financeira. No entanto, antes de mergulhar no mundo dos investimentos, é essencial tomar algumas precauções e preparar-se adequadamente. Baseado na minha própria experiência, vou compartilhar os passos que considero fundamentais antes de começar a investir.

Começar a Investir em Renda Variável

Neste artigo vou abordar os passos que segui para garantir uma base sólida antes de iniciar meus investimentos e não permitir que a volatilidade afetasse minha estrutura emocional. Abordarei como tratei as minhas dívidas , como adquiri conhecimento financeiro, como estabeleci minha reserva de emergência e criei meu capital de giro pessoal. Seguir essas dicas pode ajudar a entender como começar a investir em renda variável com confiança e segurança.

1. Lidar com as dívidas é Vital Para Começar a Investir em Renda Variável

Gerenciar dívidas é uma etapa crucial antes de iniciar qualquer investimento. Com uma abordagem estratégica, é possível quitar dívidas de curto prazo e gerenciar aquelas de longo prazo de maneira eficaz, proporcionando uma base financeira mais estável.

1.1 Quitar as Dívidas de Curto Prazo

Antes de começar a investir, quitei todas as dívidas de curto prazo que eu tinha, como parcelamentos e cartão de crédito. Lembro que ainda tinha parcelas programadas para os próximos seis meses, então, busquei antecipar algumas dessas parcelas. Com disciplina e planejamento, em apenas três meses consegui me livrar das dívidas no crédito. Esse passo foi fundamental, pois essas dívidas poderiam comprometer meu fluxo de caixa e reduzir meu potencial de poupança. Eliminar essas obrigações financeiras me proporcionou uma base sólida e a tranquilidade necessária para começar a pensar em investir em renda variável.

1.2 O Que Fazer com as Dívidas de Médio e Longo Prazo

Eu não possuía dívidas de longo prazo, mas recomendo uma abordagem cuidadosa para quem tem. As dívidas de longo prazo, como financiamentos de imóveis e empréstimos estudantis, geralmente possuem condições de pagamento mais favoráveis e prazos maiores. É importante avaliar as taxas de juros e condições de pagamento dessas dívidas. Se as taxas forem razoáveis e as parcelas caberem no orçamento, pode ser mais vantajoso manter essas dívidas e focar em investir o dinheiro disponível. No entanto, se as taxas de juros forem altas, considerar renegociar as condições de pagamento ou antecipar parcelas pode ser uma boa estratégia.

O objetivo é equilibrar o pagamento dessas dívidas com a capacidade de investir, garantindo que ambas as áreas sejam atendidas de forma eficiente.

2. Adquirir Conhecimento

Investir sem conhecimento é como navegar sem um mapa. Dedicar tempo para aprender sobre o mundo dos investimentos é crucial para tomar decisões informadas e seguras. Aqui estão algumas estratégias que usei para adquirir conhecimento antes de começar a investir. Essa foi uma etapa que iniciei junto da liquidação das dívidas de curto prazo.

2.1 Consumir Biografias de Pessoas que Foram Bem-Sucedidas

Uma das maneiras mais eficazes de aprender sobre investimentos é estudar a trajetória de pessoas que alcançaram sucesso na área. Ler biografias e livros de investidores bem-sucedidos pode proporcionar insights valiosos e mudar sua perspectiva. Foi exatamente isso que aconteceu comigo ao ler o livro “O Rei dos Dividendos” de Luiz Barsi e entender o poder do Yield. Esse livro mudou minha perspectiva sobre volatilidade e investimentos. Ao entender a mentalidade por trás das estratégias de investidores experientes, podemos aplicar esses princípios em nossa própria jornada.

2.2 Criar uma Nova Conta no YouTube para Conteúdo de Investimentos

Outra estratégia que adotei foi criar uma nova conta no YouTube dedicada exclusivamente a conteúdos de investimentos. Adicionei diversos influenciadores do setor para consumir informações e análises constantemente. Essa imersão no contexto de investimentos, inclusive durante os momentos de distração que normalmente usamos para ver vídeos, me ajudou a manter o foco e a aprender continuamente. Estar cercado por conteúdo relevante e de qualidade me permitiu absorver conhecimentos de forma mais eficiente e estar sempre atualizado sobre as tendências do mercado. Certamente essa estratégia foi decisiva para entender como eu iria começar a investir em renda variável.

3. A Reserva de Emergência

Sempre vejo pessoas e influenciadores falando que devemos ter pelo menos seis meses da média dos nossos gastos mensais como reserva de emergência. No entanto, acredito que a reserva de emergência é algo muito particular e deve ser adaptada à realidade de cada um. Eu mesmo, se fosse esperar acumular seis meses de despesas como reserva, não estaria investindo em renda variável ainda e teria perdido os benefícios que o investimento a curto prazo pode oferecer, como a mudança de mentalidade e a resiliência para se acostumar com a volatilidade do mercado.

Portanto, defini minha reserva de emergência com um valor inicial de R$ 5.000,00. Logo após conseguir acumular essa quantia, iniciei meus investimentos em renda variável. Essa abordagem me permitiu começar a investir mais cedo, ganhando experiência e desenvolvendo uma mentalidade mais robusta em relação às flutuações do mercado. Vale ressaltar que pretendo ampliar minha reserva de emergência conforme meus investimentos em renda variável forem aumentando, ajustando o valor conforme a necessidade e a evolução da minha carteira de investimentos.

A reserva de emergência é essencial para qualquer pessoa que deseja começar a investir em renda variável, pois proporciona uma camada adicional de segurança financeira. Ter uma reserva de emergência significa que você tem fundos disponíveis para lidar com imprevistos, como uma despesa médica inesperada ou a perda de emprego, sem precisar resgatar seus investimentos. Isso permite que você mantenha suas estratégias de investimento intactas, mesmo em momentos de crise pessoal ou econômica. Essa segurança adicional ajuda a evitar decisões precipitadas e a manter uma abordagem mais calma e racional diante da volatilidade do mercado, contribuindo para uma trajetória de investimento mais sólida e sustentável.

4. O Capital de Giro Pessoal

O capital de giro pessoal é um tópico que já foi abordado anteriormente em nosso blog. Recomendo a leitura do artigo O que é o Capital de Giro Pessoal? para melhor compreensão sobre o tema.

o Capital de Giro

Senti a necessidade de criar um capital de giro pessoal por dois motivos principais. O primeiro é a importância de proteger minha reserva de emergência. Qualquer gasto inesperado ou fora do normal poderia comprometer essa reserva, que é crucial para lidar com imprevistos financeiros. Ter um capital de giro pessoal separado me permite manter minha reserva de emergência intacta, pronta para ser utilizada apenas em situações reais de emergência.

O segundo motivo é a oportunidade de aproveitar compras de ativos ao longo do mês, em vez de esperar pelo início do próximo mês. Com um capital de giro pessoal, tenho a flexibilidade de agir rapidamente em oportunidades de mercado que possam surgir, sem depender de datas específicas de pagamento ou movimentação de recursos. Essa agilidade pode fazer diferença na obtenção de bons negócios e no aproveitamento de oportunidades de investimento que surgem de forma imprevista.

Ao início de cada mês, faço a recomposição do meu capital de giro pessoal para garantir sua sustentabilidade e continuidade. Essa prática de recomposição mensal é fundamental para manter a eficiência do capital de giro, permitindo que eu continue aproveitando oportunidades de compra ao longo do tempo. Essa estratégia também contribui para uma gestão financeira mais equilibrada e organizada, garantindo que meu capital de giro esteja sempre pronto para ser utilizado de maneira estratégica e eficiente.

Conclusão

Investir em renda variável mudou completamente minha vida financeira, mas essa transformação não aconteceu da noite para o dia. Aprendi que preparo e cautela são fundamentais para enfrentar o mundo dos investimentos com confiança e segurança. Lidar com dívidas, buscar conhecimento, criar uma reserva de emergência e gerenciar um capital de giro pessoal foram etapas cruciais que me permitiram começar a investir de forma sólida e estratégica. Essas práticas não apenas me ajudaram a manter minha estabilidade financeira, mas também abriram caminho para novas oportunidades e me ajudarão a alcançar meus objetivos de longo prazo.

À medida que continuo nessa jornada de investimento, percebo que o preparo inicial é apenas o começo. Manter-se atualizado, continuar aprendendo e adaptar estratégias conforme necessário são aspectos fundamentais para uma jornada de investimento bem-sucedida. Investir vai muito além de números e retornos, requer disciplina, paciência e estar receptivo a novas oportunidades e aprendizados. Com uma base sólida e uma abordagem consciente, estou confiante de que posso superar os desafios e alcançar meus objetivos financeiros de longo prazo que é a liberdade financeira.

+Saiba mais sobre renda variável: https://www.infomoney.com.br/guias/renda-variavel/

+Veja também: Síndrome do Investidor Iniciante: 6 Sintomas e Como Superá-los

Este artigo foi útil para você? Se sim, considere compartilhar as estratégias e insights abordados aqui com outras pessoas que também possam se beneficiar dessa informação. Juntos, podemos ajudar mais pessoas a construir bases sólidas para seus investimentos e alcançar seus objetivos financeiros.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima